Há tempos estávamos planejando conhecer os Lençóis Maranhenses, no Maranhão. Amamos o Nordeste e toda oportunidade que temos vamos para algum destino deste paraíso brasileiro. 

Ficamos oito dias por lá e fechamos o roteiro com a agência de viagens Cia Eco. A melhor época para visitar a região é de abril a setembro, após o período chuvas e quando as lagoas estão cheias.

  • Trajeto

Para chegar nos Lençóis Maranhenses o caminho é um pouco longo – mas cada quilômetro rodado vale a pena. Partimos de São Paulo em um voo direto para São Luis, cerca de três horas e meia de viagem. De lá, pegamos um transfer da Caetes Expedições, com cadeirinha, de cerca de mais três horas e meia até Barreirinhas. 

Como a viagem foi longa, levamos o kit de brinquedos para entreter a Malu da Entretidos Kids – há vários tipos de acordo com idade e quantidade de brinquedos.

  • Hospedagem

Ficamos três dias em Barreirinhas, que é onde ficam os Lençóis Maranhenses, no Resort Porto Preguiças Resort, que tem uma ótima infraestrutura: são duas piscinas grandes mornas, uma com fundo de areia e partes rasinhas e outra de azulejo, prainha para o rio Preguiças, parquinho, salão de jogos, restaurante aberto o dia todo, comida bem gostosa, café da manhã incluso, e acabamos almoçamos e jantamos lá pela conveniência. O chalé é bem grande, com duas suítes, ar condicionado e frigobar. 

Em Atins ficamos hospedados na Pousada Atins Charme Chalés. Como o próprio nome diz tem uma proposta de um local charmoso, com chalé confortável e aconchegante, com cama extra, ar condicionado, frigobar. Tem também duas piscinas, uma bem rasinha. 

Apesar de não ser pé na areia, tem 2 coisas legais: transporte disponível o dia todo para nos levar em qualquer lugar e tem um Beach Bar da própria pousada na praia com boa infraestrutura de restaurante, banheiro, sofás, chuveiro. Café da manhã incluso na diária, servido na mesa com opções de tapiocas e ovos. De dia além do café da manhã, eles servem apenas petiscos na pousada, no Beach Bar tem almoço, cardápio mais completo.

  • Passeios

BARREIRINHAS

Nosso primeiro passeio em Lençóis Maranhenses quando chegamos em Barreirinhas foi a Lagoa azul. 

Os passeios pelo Parque dos Lençóis Maranhenses são feitos em carro 4×4 e batem (pulam) bem porque o trajeto das trilhas é pela areia. Nesse passeio foram 45 minutos até chegar na região da Lagoa Azul.

Chegando lá, descemos do carro e saímos caminhando pelas dunas conhecendo as lagoas doces e de água morninha, até a Lagoa Azul. Na volta da caminhada Malu cansou, aliás, até a gente – preparem as panturrilhas. Mas valeu muito a pena! Chegamos em um visual inesquecível para um picnic no pôr do sol e observar as estrelas e o nascer da lua cheia. Fizemos tudo com a Caetes Expedições. 

Mais um passeio inesquecível foi sobrevoo nos Lençóis Maranhenses. Fomos com a Voar Voos Panorâmicos – o avião sai do aeroporto de Barreirinhas, 15 minutos do nosso hotel. Há quatro tipos de rotas, duas de 30 minutos, uma de 45 minutos e uma de uma hora de duração, e os valores variam conforme o número de pessoas e tipo de rota.

No dia seguinte, saímos de 4×4 e pegamos uma balsa com a  Caetes Expedições, rumo à Lagoa Bonita, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Dessa vez a trilha de carro 4×4 foi mais longa, cerca de hora, e bem mais difícil, com carro pulando muito. Chegando lá iniciamos a subida dos mais de 100 degraus da escada super fotogênica até o topo das dunas. Lá de cima o visual compensa! Lindo, lindo, lindo tanto a parte das lagoas e dunas, como do outro lado da vegetação. Caminhamos uns minutinhos até chegar na Lagoa Bonita, mais uma com águas doces, quentinhas e até com peixinhos.

ATINS 

Então, partimos para Atins, em um trajeto feito de barco, cerca de uma hora, pelo rio Preguiça, um passeio lindo cercado pela vegetação de mangue.

Na ida eles podem fazer paradas opcionais, entre elas, Vassouras, tem os macacos pregos, e uma parada para banheiro ou fazer lanchinho, Farol Preguiça, decidimos por não parar, passamos em frente de barco, e a linda Praia de Caburé, que vale super a pena, praticamente deserta, cheia de conchas e piscininhas formadas quando maré baixa, uma delícia ir com crianças.

Chegando em Atins o carro 4×4 Caetes Expedições estava nos esperando para nos levar até a Pousada Atins Charme Chalés onde nos hospedamos.

Atins é um povoado bem gostoso, cheio de locais simples e cheios de charme. As ruas são de areia, não tem asfalto, só carro 4×4 e quadriciclo para andar por lá.

E o que faltava para nossa aventura era atolar o 4×4. Pois bem, o carro atolou para valer. Ficamos uns 15 minutos tentando desatolar com o motorista e o guia, já estávamos desistindo e chamando ajuda, quando o papai da Malu e o guia da Caetes Expedições tentaram pela última vez empurrar o carro e deu certo! Apesar do atolamento, os trajetos para chegar nas lagoas em Atins são beeeem mais tranquilos do que Barreirinhas, sem tanto pular o carro e mais próximas.

Visitamos as Lagoas do Gavião e Gaivota, ambas de águas azul esverdeadas transparentes, e só a gente lá, um paraíso.

Na volta passamos pelo Canto do Atins, uma região que tem vários animais do povoado: vacas, carneiros, cabras, burros, e onde fica os restaurantes tradicionais da região: do Sr Antonio e o da Luzia.

Ainda no caminho encontramos a Pininga, uma tartaruga típica da região dos Lençóis Maranhenses. Ela estava no meio das dunas buscando lagoa cheia.

Outro passeio que valeu em Lençóis Maranhenses foi ver a revoada dos pássaros vermelhos, os Guarás, no fim do dia com o pôr do sol do barco. É um passeio muito tranquilo, trajeto curtinho de barco saindo de Atins seguindo pelo rio Preguiça até onde os Guarás e as Garças se juntam se aninhando nas árvores antes anoitecer. 

Em relação à alimentação em toda a viagem, em todos os locais conseguimos pedir ou customizar para a Malu – foi bem tranquilo quanto a isso. O restaurante que mais gostamos foi o  Casa de Juja, que comemos duas vezes, muito gostoso! Também curtimos o Ubá.

Voltando dos Lençóis Maranhenses (Atins e Barreirinhas), passamos uma tarde e noite em São Luís antes de embarcar para São Paulo.

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