• Bercinho no avião

Um dos assuntos que mais me questionam é sobre as experiências de viagem com bebês em avião. Então vamos começar com a opção do bercinho disponibilizado pelas cias aéreas. A busca de informações é uma saga, porque há muitos desencontros de comunicação de regras e procedimentos por parte das companhias aéreas.

O mais importante antes de mais nada é reservar o assento da primeira fileira, logo depois da classe executiva, ou outra primeira fileira que tenha uma parede na frente, porque somente nessas paredes divisórias há o encaixe para o berço. Normalmente essas fileiras tem um espaço maior e por isso a maioria das cias aéreas cobra um valor por isso, e a melhor forma é ligar na sua cia aérea para checar todos detalhes. Não são todos os modelos de aeronaves que têm isso disponível, por isso é essencial pesquisar com a empresa de avião.

Berço no voo da AA quando ela tinha 4 meses

A primeira vez que usamos, nossa bebê tinha 4 meses, estávamos indo pra San Francisco nos EUA voando American Airlines, e usamos o bercinho durante o primeiro trajeto de 10 horas de São Paulo a Dallas. Foi uma maravilha, ela dormiu melhor do que em casa, o voo inteiro.

Quando ela tinha 9 meses, fomos para Nova York de Latam. Uns falavam que tínhamos que reservar o berço por telefone, outros que deveria ser solicitado no momento do check in e ainda outros que deveria ser pedido aos comissários somente no embarque. Por sorte, embora eles tivessem apenas dois berços disponíveis, deu tudo certo, e foi na aeronave mesmo que tivemos a confirmação pra usar.

Nessa viagem de NY, ela pesava 10 kg e tinha 73 cm. O permitido para usar o berço, pelo menos na Latam, é 11 kg e 70 cm – ela inclusive ficou com o pezinho meio para fora e a comissária quase não nos deixou usar. Esta foi a última vez que aproveitamos a mamata do berço na aeronave!

Mais uma vez ela dormiu super bem durante o voo, graças ao conforto do bercinho. Mais um motivo que sempre prefiro voos noturnos quando são muito longos.

Berço no voo da Latam para NYC com 9 meses

  • Alguns pontos a se considerar

Embora nossa bebê nunca tenha dado sinais de ter incômodos no ouvido em decolagens e pousos, é recomendado dar o peito, mamadeira ou chupeta ou sugar algo, como canudo com água, nesses momentos para evitar dor no ouvido. É sempre recomendado, inclusive por pediatras.

Em relação ao trocador de bebê, toda aeronave tem no mínimo um banheiro com trocador, e é bem apertadinho. Por isso, se puder trocar a fralda antes de embarcar para evitar qualquer imprevisto na aeronave, melhor.

Nas malas de mão (tudo sobre malas de bebês em viagens aqui) é permitido levarmos o alimento que será consumido pelo bebê durante o voo (mais sobre alimentação de bebês e crianças em viagens pode ser conferido aqui), seja ele nacional ou internacional. Os comissários esquentam, inclusive. O mesmo serve para mamadeiras. Não tive nenhum problema em passar no raio X ou nas revistas. 

  • Como despachar e proteger carrinho, bebê conforto e cadeirinha

Na porta do avião para despachar carrinho e bebê conforto

Seja em voo doméstico ou internacional, nunca tivemos problemas para despachar na porta da aeronave  – não tivemos custos adicionais e não contou como uma bagagem. De qualquer maneira, é sempre bom confirmar com a empresa que se está viajando, pois as regras podem mudar – sempre optamos pela Latam, e também já viajamos de American Airlines e Aeroméxico.

As cias aéreas etiquetam todas as partes do carrinho e da cadeirinha ou bebê conforto, para garantir que no caso de extravio possam ser identificados, mesmo quando despachados na porta da aeronave.

Muita gente pergunta sobre como proteger o carrinho, bebê conforto e cadeirinha na hora de despachar no avião. Eu já despachei sem nenhuma proteção e nunca tive grandes estragos – claro que apareceram uns risquinhos e tal, mas como sou desencanada para essas coisas, não dei muita bola.

  • Carrinho, cadeirinha e bebê conforto dentro da cabine

Poucos sabem, mas levar cadeirinha ou bebê conforto na cabine do avião é possível. Crianças de até 24 meses não precisam pagar passagem* e podem ir no colo dos pais. Mas quando o voo é mais longo, uma possibilidade é comprar uma passagem para o bebê. Além de ser mais confortável para a família, é mais seguro para os pequenos estarem na cadeirinha ou bebê conforto em um momento de turbulência, por exemplo.

Importante destacar que as cadeirinhas e os bebê conforto devem ter o selo da FAA de autorização para uso em aviões – normalmente somente as fabricadas por empresas norte-americanas e européias têm isso. Na dúvida, ligue para a fabricante da sua. Também lembre-se de avisar a sua companhia aérea que levará os equipamentos.

De qualquer forma, algumas vezes que viajei pela Latam, a companhia ofereceu um saco plástico grande para colocar no carrinho e no bebê conforto. Uma outra opção é utilizar um protetor. Pesquisei e encontrei uma opção brasileira que é da Momis Petit.

Quando o bebê necessita comprar passagem e ter seu próprio assento:

Até 24 meses incompletos o bebê não precisa ter assento, vai no colo, mas é necessário inclui-lo no momento da compra e/ou emissão da passagem dos responsáveis. Algumas companhia aéreas cobram cerca 10% mesmo o bebê não tendo assento.

A partir de 24 meses completos a criança deve ter sua passagem e seu assento, e os valores da passagem neste caso varia de acordo com a empresa aérea. 

Adesivos do bebê conforto ou cadeirinha sobre autorização para uso em aviões

Transportar a cadeirinha pelo aeroporto foi menos exaustivo do que imaginava. De qualquer forma, há as opções Brica Roll’n go car seat e Go-go BabyZ travelmate que são dispositivos pra carregar cadeirinhas.

Carrinho compacto no bagageiro da aeronave

Quais cadeirinhas e bebês conforto têm o selo da FAA? Seguem alguns modelos: Chicco NextFit, Nuna Piva e Rava, Cybex CloudQ, Combi Coccoro, Cosco Scenera, Safety 1st Guide 65, Maxi Cosi Pria 70 ou 85, Graco, Britax

Outra dica importante é em relação ao carrinho. O Up! Da Burigotto é o nosso carrinho e cabe no bagageiro como babagem de mão. E pode ser encontrado na loja do Pezinho da Estrada na Amazon. Veja mais sobre carrinhos compactos aqui.

  • Leite no avião

O leite em pó é liberado para ser levado de qualquer forma (lata fechada ou aberta, potes de doses ou seja como for) sempre, seja em voo nacional, internacional, na bagagem de mão ou bagagem despachada. Já levei de todas essas formas, até para os EUA que são os mais chatos com inspeção de mala.

Mamadeiras com água a mesma coisa, liberadas sempre. Quando minha bb tinha 4 meses fomos para San Francisco (EUA) e, contando escala, deslocamentos de aeroporto etc, o percurso somava 20 horas. Levei cinco mamadeiras cheias de água tranquilamente. Nos voos, é possível ainda pedir pra aquecer a mamadeira – no meu caso, nunca precisei, porque acostumei minha bebê a tomar na temperatura ambiente.

Outra dica é que recomendo sempre levar leite com sobre para pelo menos mais dois dias de viagem. Primeiro porque pode ser que o leite que a criança está acostumada não seja fabricado no país de destino; segundo porque mesmo tenho a marca pode ter um sabor diferente e os pequenos não se acostumarem; terceiro para o caso de o bebê “enroscar” para comer na viagem e, por conta disso, consumir mais leite.

  • Mais opções de conforto para crianças em voo

Uma dica pra tornar o voo com crianças mais confortável é uma almofada inflável que “estende” a poltrona do avião. Também pode ser usada como apoio para os pés com a cadeirinha no carro.

Almofada inflável

Outro destaque que vi há algum tempo é uma malinha que vira apoio e estende a poltrona do avião da JetKids. Também pode virar uma “caminha” para bebês e crianças ficarem mais confortáveis.

Lembrando que dependendo da cia aérea, eles podem não permitir o uso por bloquear a passagem. Aqui a JetKids disponibilizou a lista das empresas aéreas que permitem o uso do produto na aeronave .  ❤️

*Em viagens nacionais as cias aéreas não cobram passagem de bebês até 24 meses, mas em internacionais podem cobrar cerca de 10% do valor da passagem de adulto mesmo indo no colo. Pela Latam e AA sempre paguei esse valor no internacional. Mas cheque sempre com sua cia aérea as condições.