Depois da primeira grande viagem internacional da Malu, para San Francisco quando ela tinha somente quatro meses, vimos que sair do país com bebê é mais viável do que imaginamos. Aos nove meses, fomos para Nova York (EUA). Mais uma vez, claro, tivemos de nos adaptar à rotina e ao ritmo dela e a experiência foi ótima, como sempre. Ficamos em Nova York oito dias, em maio, uma época que o clima estava perfeito na cidade, com temperaturas que variavam de 18 a 25 graus. 

  • Trajeto

Bercinho no avião

Partimos de São Paulo rumo a Nova York de Latam, voo direto e noturno que sempre é a melhor opção para voos mais longos. Na ocasião, houve muito desencontro de informações na companhia aérea em relação a vários questionamentos, como sobre a reserva do bercinho à bordo, como levar cadeirinha/bebê conforto na cabine, entre outras. Inclusive esse foi uma das razões que me motivou a fazer uma entrevista pessoalmente com a Latam para poder compartilhar todas as dúvidas no Pezinhos Mundo Afora. 

Conseguimos reservar o berço, mas quase que a Malu não consegue usar. O ponto é que para utilizar o bercinho a criança tem que ter até 11 kg e medir até 70 cm. Como ela já estava com 73 cm a comissária de bordo quase não permitiu, porque ficou com o pezinho um pouco para fora. Mas por sorte deu tudo certo e essa foi a última vez que usamos esse serviço. Foi mais um voo tranquilo para a conta e ela dormiu as 10 horas do percurso.

Algumas dicas que valem a pena seguir:

  • Para conseguir o bercinho é importante reservar o assento na primeira fileira depois da classe executiva, pois é a única localização da aeronave que o possui;
  • Para percursos longos, sempre dar preferência a voos noturnos;
  • Dar mamadeira, peito ou chupeta no pouso e na decolagem para evitar dor no ouvido;
  • Levar mamadeira com água e leite em pó na mala de mão;
  • Voos internacionais longos costumam ficar super gelados, leve uma roupinha quentinha e manta para o bebê;
  • Trocar a fralda antes de embarcar para evitar perrengues no avião – dependendo da aeronave o trocador de dentro dos banheiros tem muito pouco espaço.

Leia também: Guia de como viajar com bebês e crianças no avião 

Carrinho despachado na porta da aeronave

Para circular em Nova York levamos o bebê conforto, para garantir a segurança em trajetos de carro, Uber e táxi, e o carrinho que o bebê conforto acopla. Despachamos ambos sem custos adicionais, na porta do avião. No desembarque, a retirada também é na porta da aeronave. Importante lembrar de etiquetar com identificação para não ter surpresas. Em Guia para transporte de bebês e crianças em viagens há tudo o sobre o tema.

Para quem preferir viajar sem bebê conforto ou cadeirinha, em Nova York há o serviço Uber Car Seat ou Uber Family. Nada mais é do que um carro que já possui a cadeirinha, disponível para bebês acima de 12 meses e 10 kg até crianças com até 25 kg. Há uma taxa adicional de US$ 10, mas é um cuidado essencial para garantir a segurança dos pequenos. 

Além de Nova York, outras cidades dos EUA que possuem este serviço são Orlando, Washington, Philadelphia e Baltimore.

  • Hospedagem

Cozinha completa do hotel

Como já citei várias vezes, prefiro ficar em hotéis tipo flat, com mini cozinha. Na minha opinião faz toda a diferença em viagens com bebês e crianças. Em Nova York ficamos no Residence Inn by Marriott, na 6th Avenue, super bem localizado. Apesar de um pouco pequeno, como a grande maioria dos apartamentos em Nova York, ele era completo: forneceram berço no quarto e a cozinha com geladeira, microondas e utensílios.

Outras dicas de hotéis para se hospedar em família em: Nova York: Melhores hotéis para viajar com bebês e crianças

  • Passeios

Simplesmente passear pelas ruas de Nova York já é um entretenimento e tanto. Passeamos pela Time Square, 5th Avenue, WTC e financial district.

Fizemos um passeio no Central Park delicioso e também pela região de Upper Manhattan. Na altura 512 da 5th Avenida há um playground bem bacana para ir com crianças. A Malu, ainda muito pequeninha, não aproveitou muito, mas adorou a soneca que tirou durante a caminhada. 

Ela adora visitar museus e ver as obras coloridas. Fomos ver a exposição no Guggenheim Museum da artista chinesa Duan Jianyu e ela ficou encantada. 

Há também algumas publicações super legais com dicas para visitar Nova York com crianças: Nova York Proibido para adultosNova York com crianças e A Esquilinha Nina em Nova York. 

Leia também: Livros e guias para viajar com bebês e crianças

  • Alimentação

Mamadeira no Chelsea Market

Nova York foi a primeira viagem internacional que fizemos depois da introdução alimentar. Antes de embarcarmos, pesquisei muito sobre papinhas orgânicas prontas que vendem nos EUA. Oferecemos a ela a Happy Family, Gerber e Earth’s Best. Ela não gostou de nenhuma. De fato, achei bem sem sabor e bem diferente do que ela estava acostumada. Nem com um incremento no tempero ela aprovou.

Resolvemos então partir para as comidas de restaurantes, já que ela tinha começado a comer algumas comidinhas como arroz, quinoa, macarrão, e ela comeu mais ou menos. Continuamos insistindo, mas sem forçar muito porque acreditamos que alimentação tem que ser algo prazeroso e não traumatizante para criança. O jeito foi complementar com frutas, que nos primeiros dias foi super bem, e leite, que não tem erro. 

Por isso sempre recomendo levar do Brasil leite para viagens internacionais – é sempre uma garantia de que a criança vai se alimentar caso estranhe a comida do local. Muitas vezes no país de destino não há a marca que o bebê está acostumado – nos EUA, por exemplo, não existe o NAN da Nestlé, e os pequenos podem estranhar o sabor e não aceitar. Tudo sobre este assunto em Leite em pó e mamadeiras em viagens de avião.

  • Documentação

Além de passaporte válido, os Estados Unidos exigem visto. A minha bebê tirou o visto norte-americano quando tinha três meses, justamente para irmos a San Francisco. Foi tranquilo e conseguimos um visto de 10 anos (mas vale lembrar que esta validade depende da análise individual do Consulado Americano). 

Animada para embarcar

De 0 aos 17 anos as crianças e adolescentes têm de estar acompanhados pelos pais ou responsáveis e com passaporte válido. No momento de tirar o passaporte, há uma questão sobre se a criança tem autorização de viajar com apenas um dos pais ou somente com os dois. No site da Polícia Federal há detalhes sobre passaporte para menores de idade – é também neste site que se faz o agendamento para solicitar o documento. Informações completas sobre o tema em Guia prático de documentação para viajar com bebês e crianças.

Além de visto e passaporte, seguro viagem é um item sempre presente no check list de qualquer viagem. Ainda mais internacional. Embora nunca tenha precisado acionar, desde que a Malu nasceu, sempre adquiro meu seguro viagem com a Coris. É uma empresa sólida internacionalmente, com 30 anos de existência, atendimento 24 horas em português por telefone, Whatsapp, e-mail e pelo app Coris Móvel.

Gosto da Coris porque além da cobertura para despesas médicas, hospitalares e odontológicas e garantias no caso de extravios de malas, é possível customizar o plano perfil do segurado e do tipo de viagem e com upgrades que cubram outras questões, como cancelamento de viagens, seguro de celular e notebook, entre outros.

Veja mais: Guia com tudo que a mala do bebê precisa ter em uma viagem

❤️